
Desperte para dentro de ti e veja os olhos de tua alma. Dentro, em teu interior, o Universo renasce e a vida ressurge.
domingo, 25 de março de 2018
Krishna fala sobre o poder do Jejum!
SAPHALA JEJUM EKADASI
Krishna fala sobre o poder do Jejum!

Maharaja
Yudhisthira disse :
-Ó
Sri Krishna, qual o nome do Ekadasi que ocorre durante o quarto crescente do
mês Pausa(dezembro/janeiro)? Como ele é observado e qual Deidade deve ser
adorada neste dia? Por favor, narre tudo isto para mim, Ó Janardana.
A
Suprema Personalidade de Deus respondeu :
-Ó
melhor dos reis, desde que você deseja ouvir, Eu descreverei totalmente a você
as glórias do Pausa-Krishna Ekadasi. Eu não fico satisfeito por sacrifícios ou
caridades tanto quanto fico pela execução do jejum completo no Ekadasi por meus
devotos. Desta forma, com o melhor da sua habilidade, a pessoa deve jejuar no
Ekadasi, o dia do Senhor Hari.
Ó
Yudhisthira, Eu lhe recomendo que ouça
com atenção indesviavel as glórias do Pausa-Krishna Ekadasi, o qual cai no
Dvadasi. Como já lhe expliquei anteriormente, não se deve diferenciar entre os
muitos Ekadasi. Ó rei, para o benefício da humanidade em geral Eu lhe
descreverei agora o processo para se observar o Pausa-Krishna Ekadasi.
O
Pausa-Krishna Ekadasi tambem é conhecido
como Saphala Ekadasi. Neste dia sagrado
a pessoa deve adorar o Senhor Narayana, pois Ele é a Deidade predominante.
Deve-se seguir o método de jejum prescrito
anteriormente.
Assim como entre as cobras Sesa-naga é a melhor, entre os pássaros Garuda é o
melhor, entre os sacrifícios o Asvamedha-yajna é o melhor, entre os rios o
Ganges é o melhor, entre os semideuses o Senhor Vishnu é o melhor e entre os
seres de duas pernas os brahmanas são os melhores, assim mesmo dentre todos os
dias de jejum Ekadasi é o melhor. Ó principal entre os reis nascidos na
dinastia Bharata, quem quer que respeita estritamente o Ekadasi torna-se muito
querido para Mim e realmente adorável por Mim de todas as maneiras. Agora ouça
enquanto Eu descrevo o processo para se observar o Saphala Ekadasi.
No
Saphala Ekadasi Meu devoto deve Me adorar oferecendo-me frutas frescas de
acordo com tempo, lugar e circunstância e meditando em Mim, a Suprema
Personalidade todo auspiciosa. Ele deve Me oferecer uma fruta jambira, romã,
noz de betel, coco, goiaba, mangas, nozes, cravos e diferentes tipos de
especiarias aromáticas. Ele tambem deve Me oferecer incensos e lâmpada ghee
acesa, pois tal oferecimento de lâmpada no Saphala Ekadasi é especialmente
glorioso. O devoto deve tentar permanecer desperto por toda a noite.
Agora
por favor ouça com atenção fixa, enquanto lhe descrevo o tanto de mérito que se
alcança, se alguém jejua e permanece acordado durante toda a noite. Ó melhor
dos reis, não há sacrifício ou peregrinação que conceda mérito igual ou melhor
que o mérito alcançado por alguém que jejua no Saphala
Ekadasi. Tal jejum, particularmente se a
pessoa poder ficar acordada e alerta durante toda a noite, concede ao devoto
fiel o mesmo mérito da execução de austeridade por cinco mil anos.
Ó
leão entre os reis, por favor ouça a história gloriosa deste Ekadasi. Havia
certa vez uma cidade chamada Campavati, a qual era governada por um rei santo
chamado Mahismata. Ele tinha quatro filhos, dentre os quais o mais velho,
Lumpaka, sempre se ocupava em atividades muito pecaminosas: sexo com as esposas
dos outros, jogatina e associação frequente com prostitutas famosas. Seus maus
feitos reduziram gradualmente a riqueza de seu pai, o rei Mahismata. Lumpaka
tambem tornou-se muito crítico para com os semideuses e brahmanas, todos os
dias ele costumava blasfemar os vaishnavas. Por fim o rei Mahismata, vendo a
condição do seu filho, exilou-o na floresta. Devido ao temor pelo rei até mesmo
os parentes compassivos não defenderam Lumpaka, já que o rei estava muito irado
por Lumpaka ser muito pecaminoso.
Desorientado
em seu exílio, Lumpaka pensou consigo mesmo: "Meu pai me mandou embora e
até mesmo meus parentes não fizeram nenhuma objeção. O que devo fazer
agora?" Ele planejou
pecaminosamente e pensou: "Devo ir sorrateiramente para a cidade coberto
pela escuridão e roubar suas riquezas. Durante o dia permanecerei na floresta e
à noite irei até a cidade."
Pensando assim, Lumpaka entrou na floresta escura. Ele matava muitos
animais durante o dia e durante a noite ele roubava as coisas valiosas da
cidade. Os habitantes da cidade prenderam ele várias vezes, mas devido ao temor
do rei, eles deixavam Lumpaka em paz. Eles pensavam que devido aos pecados dos
seus nascimentos prévios, Lumpaka tinha perdido todas as suas facilidades reais
e atuava assim tão pecaminosamente.
Embora
fosse um comedor de carne, Lumpaka
tambem costumava comer frutas todos os dias. Ele residia sob uma velha
figueira-de-bengala a qual acontecia de
ser muito querida pelo Senhor Vasudeva. De fato, muitos adoravam-na como a um
deus dentre todas as árvores da floresta. No devido curso do tempo, enquanto
Lumpaka estava executando muitas atividades condenáveis e pecaminosas, chegou o
Saphala Ekadasi. Na véspera do Ekadasi, Lumpaka teve de passar toda noite sem
dormir devido ao frio severo e às suas insuficientes roupas de cama. O frio não
somente lhe tirou toda a paz mas tambem quase o matou. Na hora do sol nascer,
seus dentes estavam batendo e ele estava quase em coma e durante toda manhã
daquele dia, Ekadasi, ele não pode despertar daquele torpor.
Quando
chegou o meio-dia do Saphala Ekadasi, o pecaminoso Lumpaka finalmente despertou
e tentou levantar do local sob a figueira-de-bengala. No entanto, a cada passo
ele tropessava ao chão. Tal qual um aleijado, ele andou lenta e hesitantemente,
sofrendo muito de fome e sede no meio da floresta. Lumpaka estava tão fraco que
não pôde matar nenhum animal naquele dia. Em vêz disso, ele foi forçado a
coletar as frutas que encontrou caídas ao chão. Na hora que ele retornou à
figueira-de-bengala, o sol já tinha se posto.
Colocando
as frutas no chão próximo a ele, Lumpaka começou a lamentar: "Oh! como sou
desgraçado! O que devo fazer? Querido pai, o que será de mim? Ó Sri Hari, por
favor seja misericordioso comigo e aceite estas frutas!" Novamente ele foi
forçado a permanecer acordado por toda noite sem dormir, porem neste meio tempo
a Suprema Personalidade de Deus,
Madhusudhana, ficou satisfeito com o oferecimento de frutas silvestre
feito por Lumpaka e Ele aceitou-o-as. Lumpaka tinha observado involuntariamente
o jejum completo do Ekadasi e pelo mérito que ele acumulou neste dia, reobteve
seu reino sem maiores dificuldades.
Ouça,
ó Yudhisthira, o que aconteceu com o filho do rei Mahismata quando um simples
fragmento do mérito brotou dentro do seu coração. Assim que o sol surgiu
belamente no dia seguinte ao Ekadasi, um magnífico cavalo aproximou-se de
Lumpaka e ficou ao seu lado. Ao mesmo tempo, uma voz de repente falou do céu
claro e azul:
-Este
cavalo é para você, Lumpaka! Monte nele e galope para encontrar sua familia! Ó
filho do rei Mahismata, pela misericórdia do Senhor Vasudeva e a força do
mérito que você adquiriu por observar o Saphala Ekadasi, seu reino lhe será
devolvido, sem mais problemas. Tal é o benefício que você ganhou por jejuar
neste dia auspicioso. Agora vá até seu
pai e desfrute do seu merecido lugar em sua dinastia.
Após
ouvir estas palavras vindas dos céus, Lumpaka montou no cavalo e voltou para a
cidade Campavati. Pelo mérito que obteve jejuando no Saphala Ekadasi ele se
tornou um príncipe garboso mais uma vez e foi capaz de absorver sua mente nos pés de lótus da Suprema
Personalidade de Deus, Hari. Em outras palavras, ele se tornou Meu
devoto puro.
Lumpaka
ofereceu suas reverências humildemente a seu pai, o rei Mahismata e novamente
aceitou suas responsabilidades principescas. Vendo seu filho decorado com
ornamentos vaishnava e tilaka, o rei Mahismata entregou a ele o reino o qual
Lumpaka governou sem impedimentos por muitos e muitos anos. Quando quer que o
Ekadasi chegasse, ele adorava o Senhor Supremo com grande devoção. Pela
misericórdia de Sri Krishna ele obteve uma bela esposa e um bom filho. Na
velhice Lumpaka entregou o reino a seu filho, exatamente como seu pai, o rei
Mahismata, o tinha entregue a ele e então foi à floresta para servir ao Senhor
Supremo com a mente e os sentidos controlados. Purificado de todos os desejos
materias, ele abandonou seu corpo e retornou a casa, de volta ao Supremo,
obtendo um lugar proximo aos pés de lótus do Senhor Sri Krishna.
Ó
Yudhisthira, aquele que se aproxima de Mim tal como Lumpaka o fêz, torna-se-á
completamente livre da lamentação e ansiedade. Na verdade, qualquer pessoa que
observe apropriadamente este glorioso Saphala Ekadasi, mesmo desavisadamente
como Lumpaka, torna-se famoso neste mundo. Ele se tornará perfeitamente
liberado e ao morrer, retornará a Vaikuntha.
Quanto a isto não há dúvida. Além disso, aquele que simplesmente ouve as
glórias do Saphala Ekadasi obtém o mesmo mérito derivado da execução de um
Rajasuya-yajna e pelo menos, vai ao céu no próximo nascimento.
Acaba
assim a narração das glórias do Pausa-krishna Ekadasi ou Saphala Ekadasi do
Bhavisya-uttara Purana.
Fonte:
Postado por
MMSorge
às
13:33
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O Desafio dos Quarenta Dias (Jejum)
O Desafio dos Quarenta Dias
Alguns
números aparecem com frequência na Bíblia, relacionados a situações que lhes
conferem grande valor simbólico. É o caso do número 40, quase sempre ligado às
tribulações, crises, desafios e dificuldades.
–
O dilúvio durou 40 dias e 40 noites (Gn 7.4). Depois, Noé e sua família
começaram uma “vida nova”.
–
Moisés esteve no monte jejuando durante 40 dias. No final, e não antes, recebeu
as tábuas da lei (Ex 24.18; 34.28; Dt 9.9-11,18).
–
Os espias estiveram em Canaã durante 40 dias, correndo o risco de serem
descobertos e mortos. Depois, viria a conquista da terra, mas o povo
retrocedeu, o que transformou o prazo inicial em uma peregrinação de 40 anos
(Nm 13.25; 32.13).
–
O gigante Golias afrontou Israel durante 40 dias, até que Davi se prontificasse
a enfrentá-lo (1 Sm 17.16).
–
Elias fez uma caminhada de 40 dias até o monte Horebe, onde teve um encontro
com Deus (1 Rs 19.8).
–
Jonas profetizou que, dentro de 40 dias, Nínive seria destruída. O povo se
arrependeu e a sentença foi cancelada (Jn 3.4).
–
Jesus jejuou no deserto durante 40 dias. Depois, iniciou seu ministério (Mt
4.2).
–
Jesus esteve na terra durante 40 dias após a Sua ressurreição, enquanto os
discípulos esperavam o Espírito Santo. Ao final, foi elevado ao céu e
assentou-Se à direita do Pai (At 1.3).
O
número 40 adquiriu significado especial em nossa cultura sob o título de
“quarentena”, indicando, geralmente, um tempo de isolamento para purificação. A
Bíblia destaca ainda alguns períodos de 40 anos (Jz 13.1; At 7.23; 7.30; 7.36)
e o castigo das quarenta chicotadas (Dt 25.3; 2 Co.11.24).
Um
dos aspectos predominantes nessas passagens bíblicas é o que se refere à espera
por algum fato, pela conclusão de uma tarefa ou simplesmente pelo fim de uma
situação difícil.
Vivemos
no tempo do imediatismo. O fast food e as mensagens instantâneas fazem parte da
nossa rotina. Essa rapidez afeta também muitos relacionamentos, que começam e
terminam como um relâmpago. Se uma espera de 40 minutos pode parecer uma
eternidade, o que dizer de 40 dias? É o teste da perseverança.
Os
referidos episódios bíblicos mostram o tempo de Deus para a execução de alguns
propósitos. Talvez quiséssemos prazos mais curtos, mas o Senhor tem um
cronograma determinado por Sua própria vontade.
Curiosamente,
o salmo de número 40 diz: “Esperei confiantemente no Senhor e Ele se inclinou
para mim e ouviu o meu clamor”. Precisamos aprender a esperar. A precipitação
não é boa, pois um dos significados dessa palavra é “queda”. Muitas vezes, o
prazo indica o tempo necessário à realização do que se pretende. A antecipação
pode ser problemática. Seria como colher o fruto ainda verde.
Enquanto
esperamos, um processo está acontecendo, ainda que não possamos ver ou
perceber, principalmente nos períodos de jejum e oração. Pense no que acontecia
no mundo durante o dilúvio ou no coração daqueles que jejuavam, enfrentavam o
deserto ou esperavam o cumprimento de uma promessa.
A
demora pode ter bons efeitos. Nos ensina a paciência e nos faz valorizar o que,
com desejo, aguardamos. O que vem fácil e rápido é desvalorizado e, muitas
vezes, descartado.
A
espera é o teste da esperança. O problema é que, aos poucos, a expectativa pode
transformar-se em frustração. Os questionamentos começam a brotar e a confiança
é colocada à prova. Então, o comportamento exterior seguirá a atitude interior.
O
tempo de Moisés no monte é um exemplo interessante. Depois de muitos dias, o
povo pensou que ele não voltaria mais. Então, pediram que Aarão fizesse o
bezerro de ouro, diante do qual realizaram um grande culto pagão (Ex 32).
Todo
prazo que Deus estabelece tem um propósito. Algumas vezes, trata-se de
oportunidade para o arrependimento (Ap 2.21). Nesse tempo, pode ser que Deus
não Se manifeste, e isso pode aumentar a tensão. Durante o dilúvio, Deus não
falou com Noé e sua família. Eles deveriam apenas confiar no que Deus disse
antes. É o desafio da fé.
O
simbolismo dos números bíblicos aponta para uma lição e não para uma previsão
quantitativa exata. Nossas tribulações e jejuns podem ter durações diversas. A
igreja de Esmirna teria uma tribulação de dez dias (Ap 2.10). Daniel jejuou 21
dias. Ester jejuou três dias. O mais importante é a atitude enquanto durar a
dificuldade. Sejamos fiéis enquanto esperamos.
Os
períodos de jejum na Bíblia são exemplos de intensa dedicação ao Senhor. Depois
de jejuar 40 dias, Jesus começou Seu ministério. Jejuns prolongados (mesmo que
sejam parciais e respeitando a possibilidade de cada um) podem ser decisivos.
Os períodos de 40 dias na Bíblia são tempos de transição entre duas situações.
Existe o “antes” e o “depois”. Eles
podem ser ordenados por Deus, mas está em nossas mãos determinar períodos de
dedicação mais intensa ao Senhor. Se
você não enfrentar, não chegará ao outro lado, ou seja, não completará a
transição. Se chegar, não será mais o mesmo. Sendo de espera ou atividade, os
40 dias sempre envolvem disciplina e esforço.
Então,
se não desistirmos, chegaremos ao destino, concluindo a tarefa, alcançando o
resultado, recebendo a bênção ou conquistando território, de acordo com a
soberana vontade de Deus. Depois das tribulações, vêm as definições, a vitória,
o refrigério e uma nova vida. Não nos
referimos a uma fórmula mágica nem a uma garantia de aquisição espiritual
mediante o esforço humano, mas apenas à exposição de exemplos bíblicos inspiradores.
Tudo que recebemos é pela graça, mas, ainda assim, Jesus disse: Pedi, buscai e
batei, porque o que pede recebe, o que busca encontra e, ao que bate,
abrir-se-lhe-á (Mt 7).
Pr. Anísio Renato de Andrade
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Se o amante se lança na chama da vela e não se queima,
ou a vela não é vela ou o homem não é Homem,
Assim o homem que não é enamorado de Deus
e que não faz esforços para o alcançar não é Homem.
Deus é aquele que queima o homem e o aniquila
e nenhuma razão o pode compreender.
Mawlana Rumi - ' Fihi ma fihi'
